Coordenadora de Pedagogia orienta pais e responsáveis a estabelecer rotina às crianças durante isolamento social

Coordenadora de Pedagogia orienta pais e responsáveis a estabelecer rotina às crianças durante isolamento social

Curso de pedagogia disponibiliza 60 vagas para Vestibular Geral de 6 de dezembro

11/09/20, às 11h49

Priscila Caldeira

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A manutenção de rotina durante o período de isolamento social, imposto pela pandemia de Covid-19, é apontada por especialistas da educação como uma medida essencial para que as crianças compreendam não se tratar de período de férias e forneça a sensação de lição cumprida.

 

Coordenadora do curso de Pedagogia do Centro Universitário de Adamantina (FAI), a Prof.ª Ma. Siomara Augusta Ladeia Marinho orienta manter o horário de atividades escolares remotas no mesmo período da aula anteriormente presencial para tornar o dia mais organizado e “tranquilo”.

 

“Se a parte da manhã é dedicada para o estudo e acesso às plataformas, o período da tarde pode ser separado para brincadeiras em família, preparo de receitas, gincanas, ou sessões de cinema, varia de acordo com a criatividade de cada um. Ainda, é possível estabelecer momentos durante o dia para a resolução de dúvidas e acompanhamento das tarefas, podendo combinar a pausa das atividades de home office dos pais e responsáveis com o intervalo dos filhos”, afirma.

 

A pedagoga frisa que o preparo de um ambiente adequado para a realização das atividades, o desligamento da televisão e do celular, caso não estejam sendo utilizados para a aula, auxiliam na concentração das tarefas encaminhadas pela escola.

 

“A maioria dos pais não são professores e executam outras atividades no dia a dia. Os pais e/ou responsáveis, sempre que necessário devem pedir ajuda e esclarecimentos diretamente com a professora. Mas, como é sabido, cada escola vive uma realidade muito particular”, aponta.

 

Siomara ressalta que a atuação dos pais na aprendizagem das crianças precisa ser de manutenção de uma rotina: “A criança deve acordar no horário habitual, vestir-se com a roupa que fique confortável, alimentar-se de maneira saudável e então se dedicar ao estudo dos conteúdos que seriam trabalhados em sala de aula”.

A professora cita exemplos de inclusão de brincadeiras no contraturno dos estudos. O importante, segundo ela, é a conversa mútua durante os momentos de elaboração delas.

 

“Estar em casa, todos juntos, é uma oportunidade de convivência muito rica e que deve ser valorizada. Atividades como confeccionar algum brinquedo, como o uso de fantoches, contação de histórias, recursos utilizados como massinha caseira ou algo feito de sucata, assistir a um filme juntos já se tornam oportunidades para estabelecer laços e passar o tempo. O diálogo nesse momento é fundamental para construir um espaço de criação conjunta”, exemplifica.

 

Além da convivência com os pais e/ou responsáveis em casa, a pedagoga reforça a importância em se manter o vínculo com os colegas de escola por meio de chamadas de vídeo ou jogos on-line, sob supervisão de um adulto.

 

“Outro aspecto a ser considerado é a aprendizagem que esse período oportuniza para a criança, pois, ao perceber que os seus sentimentos são valorizados pelo adulto, ela vai estabelecendo uma relação mais humanizada com os outros. É necessário que pais e educadores mantenham o vínculo da criança com os amiguinhos da escola, podendo combinar a pausa das suas atividades de home office com o intervalo dos filhos, fazer vídeo chamadas com amigos e realizar jogos on-line sob a supervisão de um adulto. Conversar com os colegas ajuda a criança a expressar seus sentimentos e valorizá-la enquanto pessoa, promovendo sua autoconfiança para lidar com esta situação”, conta.

 

A docente acredita que o momento atual exige resiliência e reflexão das práticas educacionais. “A pandemia trouxe o que estava ‘debaixo do tapete’. A crise escancarou a realidade das famílias, das nossas crianças e das nossas escolas. Acredito que servirá de oportunidade para repensar muitas práticas no mundo educacional”, finaliza.

 

A professora Siomara é mestre em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) e graduada em Pedagogia e Educação Especial pela UNESP. A docente da FAI atualmente é coordenadora do curso de Pedagogia, História e Geografia. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em métodos e técnicas de ensino, atuando principalmente em educação básica nos anos iniciais do ensino fundamental, educação de jovens e adultos, educação especial e educação inclusiva, formação de professores e ciências humanas. 

 

Vestibular

 

O curso de Pedagogia oferta 60 vagas no período noturno para o processo seletivo de 06 de dezembro, às 13h. Serão disponíveis 5% das vagas de cada curso para pessoas com necessidades especiais.

 

No dia da aplicação das provas, será obrigatório o uso de máscaras de proteção facial, com cobertura total de nariz e boca, conforme o Decreto Estadual nº 64.959 de 04 de maio de 2020 e o uso pessoal de álcool gel 70%.

 

As provas terão duração de quatro horas, com 60 questões de conhecimentos gerais, valendo 60 pontos, e uma redação com o peso de 20 pontos.

 

As inscrições, cuja taxa é de R$20, já estão abertas e seguem até o dia 02 de dezembro. Mais informações podem ser obtidas na secretaria do Câmpus I (Rua Nove de Julho, 730) ou no edital.