
O curso de Direito contribuiu para a estruturação de minha vida, diz ex-aluno que hoje é escrivão judicial
O curso de Direito contribuiu para a estruturação de minha vida, diz ex-aluno que hoje é escrivão judicial
O adamantinense Everaldo Luiz Marcolino ingressou aos 31 anos na primeira turma de Direito da FAI, vindo a concluir a graduação em 2002 para seguir na carreira jurídica
15/07/20, às 15h07
Daniel Torres de Albuquerque - Colaborou: Prof. Esp. Luiz Antonio Mota
A paixão pelo judiciário chegou cedo na vida do adamantinense Everaldo Luiz Marcolino. Ele começou a trabalhar no Fórum de Adamantina, à época Cartório de Notas e Ofício, aos 15 anos de idade. Mas, por questões financeiras e a formação da família, o ingresso no tão sonhado curso de Direito precisou esperar.
“Iniciei no então 1º Cartório de Notas e Ofício de Justiça da Comarca de Adamantina como office boy, aos 15 anos (em 31 de agosto de 1982). Aos 19 anos (em 1986), passei ao cargo de escrevente com a oficialização da parte judicial dos fóruns de todo o Estado, no agora denominado 1º Ofício Judicial local”, disse Everaldo.
Porém, em 1996, surgiu a oportunidade real, palpável para as possibilidades dele, com o início do curso de Direito em Adamantina. “Então organizei a vida, não só do ponto de vista financeiro, mas também familiar, profissional etc.. Prestei vestibulares, com aprovação em algumas faculdades da região, mas, em 1998, optei em iniciar a realização da sonhada Faculdade de Direito, como popularmente se dizia, aqui mesmo em nossa cidade, em ‘nossa faculdade’”, contou.
O curso, segundo Everaldo, ampliou os seus conhecimentos e o preparou para a vida. “Acredito que o curso de Direito contribuiu para a estruturação de minha vida, pois o conhecimento jurídico tem como decorrência natural estruturar o ser humano para a vida civil em todos seus aspectos, pois a vida em sociedade é pautada em normas morais e legais”, revelou.
Já com o diploma em mãos, sua carreira profissional foi impulsionada. “Aos 30 anos (em 1998), passei a exercer o cargo de escrevente chefe, na mesma unidade judicial. Aos 37 anos de idade (ano de 2004), passei ao cargo de oficial maior do 3º Ofício Judicial desta Comarca, cargo que ocupei até outubro de 2007, quando, aos 40 anos, fui designado ao cargo de escrivão judicial, função que desempenho até os dias atuais, estando prestes a completar 38 anos de convivência com o mundo jurídico no meio judicial”, relatou o ex-aluno.
Para ele, o curso de Direito da FAI se destaca pela qualidade. E isso fez toda a diferença. “O Direito da FAI se trata de curso respeitadíssimo no cenário nacional, contando com reconhecimento de personalidades ilustres da história jurídica do país, podendo citar como exemplos os juristas Miguel Reale, Silvio Rodrigues, Alberto Toron, Gilmar Mendes, Dalmo de Abreu Dallari, dentre tantos outros”, destacou.
O legado de tudo isso é a satisfação em relação a esse curso que, em 2020, completa 25 anos de existência em Adamantina. “O curso de Direito, até pelo leque profissional que lhe é peculiar numa grande parte dos mercados de trabalho, me possibilitou alcançar a realização do sonho de crescimento profissional e, através dele, sinto-me realizado profissionalmente e satisfeito do ponto de vista pessoal, pois permitiu a vida digna a mim e aos meus familiares”, completou.
O curso
Zelar pela harmonia e pela correção das relações entre os cidadãos, as empresas e o poder público é a função do bacharel em Direito.
Há duas carreiras distintas para o bacharel: pode atuar como advogado ou seguir a carreira jurídica. Como advogado, defende os interesses do cliente em diversos campos. Como juiz, resolve litígios entre indivíduos ou empresas.
O curso de Direito da FAI tem aulas presenciais no Câmpus II (avenida Francisco Bellusci, 1.000), com duração de dez semestres (cinco anos), no período noturno, e conta com laboratório de Informática, Biblioteca com amplo acervo jurídico, Núcleo de Prática Jurídica (NPJ/FAI), Centro de Pesquisa e Atividades Complementares (Cepac) e possui parcerias com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc) – órgão do Poder Judiciário –, Núcleo Especial Criminal (Necrim), Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Associação dos Advogados do Estado de São Paulo (AASP), Escola Superior do Ministério Público (ESMP) e a 59ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Adamantina.
Entrevista
Confira abaixo a íntegra da entrevista com o ex-aluno Everaldo Luiz Marcolino à equipe do Departamento de Comunicação da FAI:
Centro Universitário de Adamantina - Qual o motivo de sua escolha pelo curso de Direito da FAI?
Everaldo Luiz Marcolino - Trabalhando no Fórum local desde os 15 anos de idade, à época Cartório de Notas e Ofício, despertei o interesse pelo meio jurídico. Porém, por questão financeira, não foi possível ingressar nos estudos acadêmicos na época cronologicamente ocorrente, mesmo porque necessitaria dispor de tempo e valores para fazer frente às mensalidades da faculdade e também com as decorrentes viagens, o que restara inviabilizado. Na sequência, houve uma melhora na condição financeira, mas em 1990 constituí família (hoje formada por esposa, duas filhas e três netos), e aquela pretensão de cursar Direito continuou almejada, mas legada para uma próxima oportunidade. Eis que em 1996 surge a oportunidade real, palpável para minhas possibilidades, com o início do curso de Direito em nossa cidade, em nossa faculdade. Então organizei a vida, não só do ponto de vista financeiro, mas também familiar, profissional etc.. Prestei vestibulares, com aprovação em algumas faculdades da região, mas, em 1998, optei em iniciar a realização da sonhada Faculdade de Direito, como popularmente se dizia, aqui mesmo em nossa cidade, em "nossa faculdade", apesar de se tratar de um curso ainda em fase inicial, por isso não reconhecido; isso não só por ter instinto de defender sempre o lugar e instituições tidos por nossos, de nossa cidade (ou seja, sou assumidamente "bairrista"), mas também por comungar do ímpeto e do desafio próprios da pretensão de crescimento, o que à época aflorava muito forte em "nossa Faculdade".
FAI - O curso de Direito contribuiu para sua vida?
Everaldo - Acredito que o curso de Direito contribuiu para a estruturação de minha vida, pois o conhecimento jurídico tem como decorrência natural estruturar o ser humano para a vida civil em todos seus aspectos, pois a vida em sociedade é pautada em normas morais e legais. Corresponde a dizer que a pessoa bacharelada em Direito realiza seus atos instintivamente aplicando as cautelas e proteções do conhecimento adquirido na academia. Mas, igualmente importante é salientar que o curso de Direito, até pelo leque profissional que lhe é peculiar numa grande parte dos mercados de trabalho, me possibilitou alcançar a realização do sonho de crescimento profissional e, através dele, sinto-me realizado profissionalmente e satisfeito do ponto de vista pessoal, pois permitiu a vida digna a mim e aos meus familiares.
FAI - Como se deu a sua trajetória na área jurídica?
Everaldo - Iniciei no então 1º Cartório de Notas e Ofício de Justiça da Comarca de Adamantina como office boy, aos 15 anos (em 31 de agosto de 1982). Aos 19 anos (em 1986), passei ao cargo de escrevente com a oficialização da parte judicial dos fóruns de todo o Estado, no agora denominado 1º Ofício Judicial local. Aos 30 anos (em 1998), passei a exercer o cargo de escrevente chefe, na mesma unidade judicial. Aos 37 anos de idade (ano de 2004), passei ao cargo de oficial maior do 3º Ofício Judicial desta Comarca, cargo que ocupei até outubro de 2007, quando, aos 40 anos, fui designado ao cargo de escrivão judicial, função que desempenho até os dias atuais, estando prestes a completar 38 anos de convivência com o mundo jurídico no meio judicial. É de ser salientado que iniciei como discente no curso de Direito da Instituição FAI em janeiro de 1998 e em janeiro de 1999 passei a participar concomitantemente do corpo docente da Instituição, estruturando e promovendo a funcionalidade do Núcleo de Prática Jurídica, como exigência do MEC [Ministério da Educação] à época, cuja função desempenhei por nove anos, até dezembro de 2007.
FAI - Quais as suas considerações acerca do curso de Direito da FAI?
Everaldo - O Direito da FAI se trata de curso respeitadíssimo no cenário nacional, contando com reconhecimento de personalidades ilustres da história jurídica do país, podendo citar como exemplos os juristas Miguel Reale, Silvio Rodrigues, Alberto Toron, Gilmar Mendes, Dalmo de Abreu Dallari, dentre tantos outros.
FAI - Quais os maiores desafios atualmente enfrentados e vivenciados pelo diretor de ofício judicial?
Everaldo - Como diretor de Cartório Judicial, e acredito que assim também pensa grande parte dos operadores do Direito, penso que os maiores desafios atuais têm sido as evoluções ocorrentes nas relações interpessoais e institucionais, que vêm se desenvolvendo numa crescente desde o surgimento das liberdades de direitos decorrentes da promulgação da Constituição Federal de 1988, assim como o avanço da informática e meios de comunicação, que vêm imprimindo formato e ritmo diferenciados ao meio jurídico, exigindo, com isso, modificações e adequações constantes de posturas e de procedimentos de toda a sociedade, pois, direta ou indiretamente, todos vivenciam o direito.