
Psicologia debate agravo da saúde mental em tempos de quarentena durante encontro virtual
Psicologia debate agravo da saúde mental em tempos de quarentena durante encontro virtual
Evento celebrou, em 18 de maio, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial e Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
22/05/20, às 16h05
Daniel Torres de Albuquerque
Mantendo a tradição do curso, a Psicologia do Centro Universitário de Adamantina (FAI) celebrou na última segunda-feira, 18 de maio, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, por meio de um debate virtual que envolveu docentes e alunos de todas as turmas dessa graduação e alguns alunos egressos.
O evento foi realizado no ambiente virtual do programa Google Meet, que tem garantido a interação da comunidade acadêmica durante a suspensão das aulas presenciais em razão das medidas de distanciamento social a fim de conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
"[No debate] mencionamos a trajetória da luta antimanicomial, que teve início em 1987, buscando realizar uma discussão do confinamento e da privação que pacientes psiquiátricos sofreram e o fato de que algumas pessoas agora estariam passando por intenso sofrimento pelas multifacetadas violências domésticas ou no trabalho em tempos de Covid-19", salientou a Prof.ª Ma. Magda Arlete Vieira Cardozo, coordenadora do curso e palestrante do tema "Metáfora do enclausuramento: do confinamento institucional ao confinamento domiciliar em tempos da Covid-19".
Além de Magda Cardozo, também participaram como palestrantes as docentes Prof.ª Ma. Andrea Fernandes de Araújo Gasques, que falou sobre "A escuta clínica e a Covid-19"; Prof.ª Dra. Fúlvia de Souza Veronez, que abordou a "Atenção emergencial nos casos psiquiátricos"; e Prof.ª Ma. Evelyn Yamashita Biasi, acerca da "Saúde mental: do cuidado com paciente ao cuidado com o profissional de saúde".
Como em 18 de maio também se celebra o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o tema foi outro foco das discussões. "Sabe-se que o índice de violência doméstica tem aumentado e, com ele, vem a preocupação com as crianças que não têm ido para a escola ou mantido outros laços sociais, sem estarem assistidas de forma alguma, se tiverem na família algum abusador", relatou a coordenadora do curso.
O adoecimento das pessoas no ambiente de trabalho e o atendimento dos pacientes psiquiátricos nos hospitais foram um terceiro ponto abordado pelo grupo. "Tentamos ampliar as discussões, sempre fazendo um paralelo com a saúde mental de pacientes psiquiátricos, mas, também pensando no agravo da saúde da comunidade como um todo neste momento de Covid-19", completou Magda Cardozo.
O curso
O psicólogo estuda os fenômenos psíquicos e de comportamento do ser humano por intermédio da análise de suas emoções, suas ideias e seus valores. Ele diagnostica, previne e trata doenças mentais, distúrbios emocionais e de personalidade.
Esse profissional observa e analisa as atitudes, os sentimentos e os mecanismos mentais do paciente e procura ajudá-lo a identificar as causas dos problemas e a rever comportamentos inadequados, podendo atuar em empresas privadas, órgãos públicos, escolas, clínicas e ambientes hospitalares.
O curso de Psicologia da FAI tem aulas presenciais no Câmpus II (avenida Francisco Bellusci, 1.000), com duração de oito semestres (quatro anos), no período integral e de dez semestres (cinco anos) no período noturno.
Os estudantes contam com laboratório de Psicologia Experimental devidamente equipado para que sejam desenvolvidos temas de neurociências e comportamento; e o Núcleo de Psicologia, que acompanha e regulamenta todos os estágios realizados em Adamantina e região, além de comportar a Clínica-Escola, na qual os alunos oferecem atendimento psicoterápico à comunidade.