
Qualidade de vida: Terceira idade necessita de cuidados especiais
Qualidade de vida: Terceira idade necessita de cuidados especiais
“Falta muito apoio do poder público para os idosos no Brasil", afirma a professora Maristela Bordinhon
22/04/13, às 13h04
Priscila Caldeira assessoria de imprensa
Ter qualidade de vida na terceira idade é imprescindível para se viver bem. O ideal, entre outros quesitos, é que o idoso tenha independência funcional, independência financeira, boa saúde, boa memória, bom relacionamento pessoal e goze de momentos de lazer. E o mais importante, deve se sentir útil.
A professora da FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas), fisioterapeuta Maristela Bordinhon, explica que o conceito de qualidade de vida envolve vários aspectos: saúde, condições ambientais, sociais, econômicas e psicológicas.
“Para uma boa qualidade de vida, o idoso deve ter independência funcional, realizar atividades de vida diária (chamadas de AVDs), e as atividades instrumentais de vida diária (AIVDs) sozinho”, afirma.
As AVDs se referem à capacidade de, entre outras coisas, o indivíduo andar sozinho, tomar banho, vestir e alimentar-se sozinho . Já as AIVDs pressupõem interações mais complexas, como preparar e higienizar alimentos, cuidar de outras pessoas, animais de estimação, utilizar transporte público ou privado, administrar o dinheiro, usar o telefone.
A profª Maristela comenta que para assegurar uma melhor qualidade de vida ao idoso é preciso atenção e valorização do mesmo. Por isso, cita as casas geriátricas e Centros Dia como locais indicados para sua permanência enquanto os familiares trabalham.
“Falta muito apoio do poder público para os idosos no Brasil. Toda cidade deveria ter um Centro Dia ou uma clínica geriátrica que os atendesse gratuitamente, oferecendo apoio à saúde e também cursos de computação, pintura e artesanato”.
O Centro Dia deve ser formado por profissionais da área de saúde – médicos, enfermeiros, nutricionista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo e gerontólogo – para atender as necessidades do idoso.
Em razão disso, a professora frisa a necessidade de população e poder público ter consciência da importância do gerontólogo no gerenciamento de clínicas que acolhem idosos.
“Toda a instituição, seja ela de longa permanência (conhecidas como asilos) ou clínicas geriátricas e Centro Dia, necessita do profissional gerontólogo para que dê bom suporte ao atendimento ao idoso”, destaca Maristela.
O curso que forma o gerontólogo é oferecido em poucas universidades do Brasil, e a FAI – instituição pública municipal de Adamantina – o disponibiliza com duração de quatro anos.
“O profissional é preparado para atuar no processo de envelhecimento do idoso com qualidade de vida, desenvolvendo atividades junto à comunidade, podendo também implementar programas de promoção à saúde e prevenção primária às pessoas idosas. Tudo para que o envelhecimento possa ser um processo orientado, bem sucedido, assistido e cuidado”, finaliza.