Por que é tão difícil emagrecer e manter o peso?

Por que é tão difícil emagrecer e manter o peso?

Nutricionista da Nutriclínica, Marines Moraes, dá algumas dicas

25/03/13, às 00h00

Priscila Caldeira – assessoria de imprensa

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Perder peso atualmente é objetivo de muitas pessoas, mas não é um processo fácil. Requer muita dedicação, disciplina, força de vontade e autocontrole.

Para se chegar ao peso desejado é preciso aliar uma dieta equilibrada com a prática de exercícios físicos. No entanto, de acordo com a orientadora de estágio supervisionado da Nutriclínica da FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas), nutricionista Marines Moraes, muitas são as causas que levam ao ganho de peso, dentre elas doenças e uso contínuo de medicamentos.

“O acompanhamento efetivo de profissionais qualificados no tratamento e o acompanhamento destas doenças, aliados a programas de mudan­ças de comportamento e estilo de vida são imprescindíveis para o sucesso do tratamento”, afirma.

Numa proposta de perda de peso, o indivíduo é orientado a fazer redução de carboidratos, lipídios e proteínas. Segundo a nutricionista, se ele não conquista grandes mudanças em pouco tempo, este desanima e acaba voltando aos hábitos anteriores que o fazem ganhar peso.

“Sabemos que algumas dietas da moda contribuem com a perda de peso rápida, porém, esses mesmos mecanismos biológicos não ajustados, contribuem para a recuperação tão rápida quanto à perda de peso”.

Outro fator que faz com que essa dificuldade ocorra, é que durante um tratamento com redução de calorias, o organismo se ajusta com menor quantidade de energia, passando a economizar mais energia corpórea. Assim, o padrão alimentar que antes contribuía com a redução de peso, já não surte efeito, necessitando fazer novos ajustes para continuidade da redução.

“Quando isso se faz necessário, o indivíduo normalmente já não está sob acompanhamento profissional em razão da desistência do tratamento”, explica Marines.

Um tratamento bem elaborado tem por objetivo educar o paciente para fazer as escolhas baseadas na aquisição de alimentos mais saudáveis. Uma tarefa que nem sempre é fácil, pois hoje a alimenta­ção é farta, bara­ta, altamente calórica, e oferecida em porções maiores que o necessário.

“No dia a dia clínico, me deparo com a resistência das pessoas em mudarem não apenas o que comem, mas há resistência a mudanças de comportamento, como assar ou cozinhar um tipo de carne em vez de fritá-la”, aponta.

O emagrecimento, de acordo com Marines, passa a ser um resultado da adoção de um estilo de vida mais saudável.