
Alunos da Medicina Veterinária fazem visita técnica à Fazenda Oroitê
Alunos da Medicina Veterinária fazem visita técnica à Fazenda Oroitê
Foco da visita foi mostrar a diversificação de pastagens e a produção de alimento para a época da seca
10/03/22, às 11h03
Daniel Torres de Albuquerque - Colaborou: Prof. Dr. Vagner Amado Belo de Oliveira
Os alunos do 3º termo do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Adamantina (FAI) realizaram uma visita técnica à Fazenda Oroitê, no município de Inúbia Paulista, no mês de fevereiro. A atividade fez parte da disciplina de Forragicultura e Pastagens e foi organizada pelo Prof. Dr. Vagner Amado Belo de Oliveira.
Os alunos puderam conhecer toda as atividades da fazenda (pecuária, equino, ovino, cães de pastoreio, silvicultura etc.). O foco da visita foi mostrar a diversificação de pastagens e a produção de alimento (silagem e fenação) para a época da seca.
“Os estudantes puderam ter contato com uma grande propriedade agropecuária da região e conhecer as práticas de gestão e de manejo das pastagens (poaceae/gramíneas e leguminosas), fazendo a caracterização de algumas pastagens do gênero brachiaria, panicum e dactylus, avaliando seu potencial como de forragens”, destacou o docente.
Além do manejo pecuário, também pôde ser conhecido o sistema IATF (sistema de inseminação artificial em tempo fixo), bem como o preparo do gado para o abate precoce (24 meses). “O gerente da Fazenda, conhecido carinhosamente por Toti, fez uma breve apresentação histórica, mas também de técnica e de gestão da propriedade rural. Inclusive, relatando problemas e suas soluções no setor agropecuário, comentando a respeito da queimada, que assolou a região no final de outubro de 2021, tendo que refazer 65 quilômetros de cerca, além da recuperação praticamente integral de todas as áreas de pastagens e produção de grãos”, continuou Vagner Oliveira.
Segundo foi observado pelos alunos, a cultivar jiggs, em razão da sua maior quantidade de folhas, apresentou superioridade em características nutritivas, quando comparada com outras do gênero cynodon. “O tifton, gramínea do gênero cynodon, foi desenvolvido com o objetivo de obtenção de alta produtividade e qualidade forrageira, sendo uma ótima opção para pastejo e, também, para produção de feno. Por não produzir sementes viáveis, o tifton é cultivado por meio de estruturas vegetativas, os estolões. As mudas são muito sensíveis à falta de água e desidratam facilmente”, observou o professor.
Segundo ele, quando comparado a cultivares de P. maximum, o capim-massai apresenta-se mais adaptado às condições de baixa fertilidade do solo, com boa resistência ao ataque da cigarrinha-das-pastagens. “Avaliado sob pastejo rotacionado por quatro anos, suportou 3,1 e 1,2 UA/ha durante o período das águas e da seca, respectivamente, apresentando ganho médio de 620 quilos de peso vivo por hectare ano”, emendou.
“Gratidão a todos da fazenda Oroitê, em especial ao Daniel, ex-aluno da Veterinária da FAI, e ao Toti, administrador geral da Fazenda, e ao coordenador do curso de Medicina Veterinária, Prof. Dr. Alexandre Wolf, que viabilizou a nossa visita”, concluiu o Prof. Dr. Vagner Oliveira.