Juiz na Comarca de Regente Feijó, ex-aluno de Direito da FAI lembra os tempos de estudante e parabeniza o curso

Juiz na Comarca de Regente Feijó, ex-aluno de Direito da FAI lembra os tempos de estudante e parabeniza o curso

Marcel Pangoni Guerra, que também é juiz no Colégio Recursal de Presidente Prudente, concluiu o curso no ano de 2010, tendo colado grau no início de 2011

19/10/20, às 12h10

Daniel Torres de Albuquerque - Colaborou: Prof. Esp. Luiz Antonio Mota

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Qualidade de ensino, proximidade dos professores, infraestrutura oferecida e grade curricular são algumas das razões que fizeram o curso de Direito do Centro Universitário de Adamantina (FAI), que completa 25 anos de existência em 2020, saltarem aos olhos do então calouro Marcel Pangoni Guerra, em meados dos anos 2000. “A tradição na excelência do Ensino Superior foi, também, um dos fatores que me levaram à escolha do curso. Ainda pontuo a ótima estrutura da FAI, que também representa um diferencial”, incluiu ele.

Dez anos após concluir a graduação, atualmente Marcel Guerra é juiz de Direito na Comarca de Regente Feijó e no Colégio Recursal de Presidente Prudente. “Fui oficial de Promotoria do Ministério Público de São Paulo [MP-SP] entre 2007 e 2012, lotado na Promotoria de Justiça de Lucélia; advogado entre 2012 e 2014; juiz de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo [TJ-SP] desde outubro de 2014 até o momento”, elencou, ao mencionar que concluiu o curso no ano de 2010, tendo colado grau no início de 2011.

Mas os primeiros passos dessa carreira promissora se deram em Adamantina, deixando um importante legado para todas as áreas de sua vida. “Sem dúvida o curso de Direito contribuiu para a minha formação profissional e pessoal, conferindo a base para enfrentamento do mercado de trabalho, no meu caso, para aprovação no concurso da Magistratura paulista, além de representar enorme experiência de aprendizado e desenvolvimento”, destacou.

Segundo o magistrado, o curso de Direito da FAI é um referencial por conta de sua qualidade. “O curso possui uma ótima matriz curricular, havendo interação de teoria e prática, contando com professores qualificados e empenhados em ajudar os alunos no aprendizado. O corpo docente é formado por excelentes profissionais, que contribuíram sobremaneira para a minha formação, pessoal e acadêmica”, pontuou Guerra.

Uma das coisas que mais marcaram a sua passagem pela graduação foi o contato direto com os professores, que permitiu construir as bases sólidas de sua carreira profissional a partir da troca de conhecimento e experiências. “Tive professores excepcionais que me ajudaram a construir os alicerces da minha formação. Dentre os inúmeros professores dos quais guardo uma carinhosa lembrança, destaco a Prof.ª Dra. Fernanda Stefani Butarelo, que foi minha orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso [TCC], e cujas inesquecíveis aulas eram ministradas com excelência”.

Das lições de seu dia a dia na profissão, o juiz Marcel Guerra encoraja aos que buscam se preparar para a Magistratura. “O juiz de Direito encontra toda a gama de percalços possível: deve sempre buscar a justiça, sem desapegar da legalidade; deve ter empatia e se pôr no lugar do outro, sem perder a serenidade e imparcialidade para analisar cada caso; sente as emoções humanas, compadece-se com a situação do próximo, mas não pode perder a racionalidade para julgar. É, sem dúvida, um exercício diário de autocontrole, de doação, de coragem. Nas palavras de Rui Barbosa: ‘Todo o bom magistrado tem muito de heroico em si mesmo, na pureza imaculada e na plácida rigidez, que a nada se dobre, e de nada se tema’. Em compensação, é extremamente gratificante”, concluiu.

Entrevista

Confira abaixo a íntegra da entrevista com o ex-aluno Marcel Pangoni Guerra à equipe do Departamento de Comunicação da FAI:

Centro Universitário de Adamantina (FAI) - Como se deu a sua trajetória na área jurídica?
Marcel Pangoni Guerra - Fui oficial de Promotoria do Ministério Público de São Paulo [MP-SP] entre 2007 e 2012, lotado na Promotoria de Justiça de Lucélia; advogado entre 2012 e 2014; juiz de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo [TJ-SP] desde outubro de 2014 até o momento.

FAI - Qual o motivo de sua escolha pelo curso de Direito da FAI?
Marcel - As razões pra escolher o curso de Direito da FAI, dentre outras, foram a qualidade de ensino, a proximidade dos professores, sempre dispostos a ajudar, bem como a infraestrutura oferecida e a grade curricular do curso. Concluí o curso no ano de 2010, tendo colado grau no início de 2011.

FAI - O curso de Direito contribuiu para a sua vida?
Marcel - Sem dúvida o curso de Direito contribuiu para a minha formação profissional e pessoal, conferindo a base para enfrentamento do mercado de trabalho, no meu caso, para aprovação no concurso da Magistratura paulista, além de representar enorme experiência de aprendizado e desenvolvimento.

FAI - Quais as suas considerações acerca do curso de Direito da FAI?
Marcel - O curso possui uma ótima matriz curricular, havendo interação de teoria e prática, contando com professores qualificados e empenhados em ajudar os alunos no aprendizado. A tradição na excelência do Ensino Superior foi, também, um dos fatores que me levaram à escolha do curso. Ainda pontuo a ótima estrutura da FAI, que também representa um diferencial.

FAI - O corpo docente contribuiu com sua formação? Pode citar algum professor que tenha lhe inspirado a seguir na carreira jurídica?
Marcel - O corpo docente é formado por excelentes profissionais, que contribuíram sobremaneira para a minha formação, pessoal e acadêmica. Tive professores excepcionais que me ajudaram a construir os alicerces da minha formação. Dentre os inúmeros professores dos quais guardo uma carinhosa lembrança, destaco a Prof.ª Dra. Fernanda Stefani Butarelo, que foi minha orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso [TCC], e cujas inesquecíveis aulas eram ministradas com excelência.

FAI - Durante sua trajetória na FAI como aluno, recebeu alguma premiação?
Marcel - Em 2008 recebi uma premiação pela FAI (R$ 4 mil em livros jurídicos), por ter vencido o concurso de artigos em comemoração aos 20 anos da Constituição Federal, com o artigo intitulado “Constituição de Papel”.

FAI - Quais os maiores desafios atualmente enfrentados e vivenciados pelo juiz de Direito?
Marcel - Muitos são os desafios vivenciados na atualidade pelo juiz de Direito. Destaca-se a conhecida sobrecarga de trabalho e a falta de estrutura material e de pessoal. Em virtude das crises, sobretudo a financeira, não há a necessária reposição de servidores, ao passo que o volume de processos aumenta de forma exponencial. A digitalização e automação de sistemas vêm surgindo como uma boa alternativa para equacionar o problema, conferindo maior celeridade e economia de tempo útil para o trabalho. Todavia, nem sempre a medida representa a eficácia pretendida, havendo a necessidade de constante aperfeiçoamento. Há, ainda, diversos outros fatores que representam, de certa forma, desafios na carreira da Magistratura, como a constante preocupação com a segurança pessoal, alguns ataques diretos à carreira por parte de uma minoria desavisada, inclusive de setores políticos, dentre outros. O juiz de Direito encontra toda a gama de percalços possível: deve sempre buscar a justiça, sem desapegar da legalidade; deve ter empatia e se pôr no lugar do outro, sem perder a serenidade e imparcialidade para analisar cada caso; sente as emoções humanas, compadece-se com a situação do próximo, mas não pode perder a racionalidade para julgar. É, sem dúvida, um exercício diário de autocontrole, de doação, de coragem. Nas palavras de Rui Barbosa: “Todo o bom magistrado tem muito de heroico em si mesmo, na pureza imaculada e na plácida rigidez, que a nada se dobre, e de nada se tema”. Em compensação, é extremamente gratificante.