Professores da FAI e APTA Regional publicam e-book de pesquisa sobre qualidade das águas do rio Aguapeí

Professores da FAI e APTA Regional publicam e-book de pesquisa sobre qualidade das águas do rio Aguapeí

E-book com o conteúdo completo da pesquisa pode ser encontrado na aba “Setor de Publicações” do Portal da FAI

01/10/20, às 10h10

Daniel Torres de Albuquerque

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Será que as águas do rio Aguapeí e de seus afluentes estão em boa qualidade na região? A resposta para essa pergunta moveu os pesquisadores Prof. Dr. Alexandre Teixeira de Souza, docente do Centro Universitário de Adamantina (FAI), e Denilson Burkert, representante da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) Polo Regional de Adamantina e que é doutor em Ciência Animal, em uma pesquisa que resultou numa publicação científica que permite dar direcionamento aos agentes públicos quanto às ações de preservação do ecossistema local e de desenvolvimento sustentável.

“A pesquisa se deu a partir da aprovação de um projeto submetido pela FAI ao Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe [CBH-AP]. A partir de então, a proposta foi aprovada pela entidade e a FAI pôde dar início ao desenvolvimento. A proposta levou em consideração os cursos e a estrutura da FAI e a necessidade de se gerar informações ao comitê de bacias de forma a contribuir com o gerenciamento dos recursos hídricos nessas bacias”, explicaram os pesquisadores.

Segundo os autores, o rio Aguapeí e seus afluentes têm água em condições aceitáveis, mas ela sofre com a poluição difusa, proveniente de pontos de condições inadequadas, que pode ameaçar sua qualidade e a proteção à vida aquática. Eles sugerem fazer novos levantamentos em uma região mais ampla, para avaliar a evolução dos impactos das atividades econômicas sobre a qualidade das águas.

“O projeto foi elaborado em colaboração, por nós dois, mas coordenado pelo Prof. Dr. Alexandre Teixeira de Souza e teve o envolvimento de funcionários, professores e diversos alunos. A partir do seu início eu fiquei responsável pelas saídas de campo, onde eram obtidas as amostras, e o Prof. Alexandre era responsável pela orientação dos alunos em laboratório e pelo acompanhamento dos resultados”, contou Denilson Burkert. Ele ainda ressalta que “o projeto foi desenvolvido com a colaboração de professores e técnicos da FAI, mas a participação de alunos dos cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de Alimentos e Ciências Biológicas da Instituição foi fundamental para o seu desenvolvimento. Dessa maneira, o projeto, além de contribuir com a geração de informações foi importante para que os alunos pudessem ter contato com atividades de pesquisa”.

Recentemente a publicação foi transformada em e-book (livro eletrônico), também em trabalho de colaboração entre os pesquisadores, e pode ser acessada por todos os interessados no assunto. “O projeto foi desenvolvido no período 2014-2015 em parceria da FAI com a APTA, com fomento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) através do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe, mas só agora o trabalho foi publicado na forma de e-book. A cooperação das instituições (incluindo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo) se deu em prol de um bem regional comum: a água”, destacou o coordenador de Comunicação Científica da FAI, Prof. Dr. Paulo Boschcov.

Mas, o que se pretende com esse material? “Primeiramente, a prestação de um serviço público pela FAI, tornando esses resultados acessíveis ao público e, também, a demonstração da capacidade da Instituição em desenvolver projetos de pesquisa como esse”, responderam os pesquisadores, ao emendar que “o projeto foi importante porque pode demonstrar a qualidade da água em afluentes e no próprio rio Aguapeí de forma que os tomadores de decisão (Estado, municípios e o comitê de bacias) possam ter um melhor embasamento para planejar o seu desenvolvimento e investir recursos de forma mais precisa e eficiente. Com isso, garantindo a manutenção da qualidade de água onde é considerada adequada e melhorando onde ela não esteja tão boa assim”.

“Penso que este estudo abre um horizonte para o desenvolvimento de projetos mais amplos na FAI, pois não é possível qualquer ação de gestão governamental sem conhecer a qualidade daquilo que se quer gerir. Aspectos tais como desenvolvimento regional, crescimento populacional e modificação dos perfis industrial e agropecuário da região mudam continuamente, podendo causar alteração substancial na qualidade dessas águas. Para evitar isso, é necessário não só continuar com as pesquisas, mas também aumentar sua frequência e diminuir a distância entre os pontos de coleta”, salientou o Prof. Dr. Paulo Boschcov.

O e-book com o conteúdo completo da pesquisa pode ser encontrado aqui.

“A divulgação dessa obra contribui para as necessárias ações de pesquisa acadêmica e educação ambiental em prol da qualidade de vida das pessoas na região da Alta Paulista”, concluiu o coordenador de Comunicação Científica da FAI.