Alunas de Educação Física publicam artigo sobre crianças com Autismo em revista

Você já parou para pensar como as atividades físicas podem ajudar no desenvolvimento motor e social de crianças com Autismo? Foi exatamente essa pergunta que motivou duas alunas do curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário de Adamantina (FAI) a desenvolver um artigo científico que foi publicado na revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada (Sobama).

O artigo científico é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Carina Regina Prefeito e Isabela Carolina Pinheiro da Silva, que concluíram a Licenciatura em Educação Física no ano passado, e trata da “Contribuição da Educação Física para o desenvolvimento motor e social do aluno com Transtorno do Espectro do Autismo”.

“A publicação de um artigo científico é importante para transmitir conhecimento e novas descobertas na aérea científica, acadêmica e diversas áreas da ciência, além de aprimorar o conhecimento das autoras e divulgar o nome da instituição de ensino”, disseram as estudantes.

As duas fizeram um estudo com crianças com Autismo em duas escolas de Adamantina. Foi aplicada uma bateria de testes para identificar, intervir e avaliar a ação motora e social de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) dentro das aulas de Educação Física, buscando verificar as contribuições que a área pode oferecer a esses alunos.

“O tema abordado é extremamente importante na área dos profissionais de Educação Física, pois a escola deve criar meios para que todos os alunos se sintam incluídos dentro do contexto escolar, inclusive os alunos com algum tipo de deficiência e, em destaque, os alunos autistas, tema do nosso artigo, e a Educação Física é fundamental no desenvolvimento das habilidades motoras a fim de melhorar a relação social através das atividades práticas gerando autonomia, autoconfiança, autoestima, contribuindo na construção social do aluno”, destacaram Carina e Isabela.

As estudantes foram orientadas pela Prof.ª Dra. Gabriela Galucci Toloi Cardoso, docente do curso, que as incentivou a elaborar o artigo para publicação em revista. “A partir do momento em que você percebe a capacidade dos alunos em poder produzir mais do que a finalização de um TCC, eu as incentivei para que a gente publicasse na revista da Sobama e, a partir daí, nós enviamos o trabalho, que foi aceito com correções e recebemos a aprovação dele”, revelou.

“Para mim, é muito gratificante poder ver as potencialidades desses alunos sendo reconhecidas por outros meios, de fora da FAI, e que os alunos, após formados, podem encontrar novos horizontes. A nossa função, enquanto professor universitário, não é fazer por eles, mas direcioná-los num caminho da pesquisa, da ciência, da extensão, do conhecimento, para que eles busquem por si só o melhor resultado das suas potencialidades”, emendou a docente.

No artigo, Carina e Isabela concluíram que “a Educação Física tem propriedades que possibilitam contribuir no desenvolvimento motor e social dos alunos com TEA e através da intervenção de ações de psicomotricidade identificou-se uma melhora significativa em diversas áreas de desenvolvimento motor e social, inclusive em questão da estruturação de aulas inclusivas”.

“Esperamos que o artigo possa auxiliar profissionais da área acadêmica e principalmente na área da Educação Física para elaboração de métodos e atividades práticas para contribuir na formação do desenvolvimento motor e social dos alunos, possibilitando a construção da autonomia e criticidade para a construção social do aluno. Nós, como profissionais de Educação Física, nos sentimos lisonjeadas pela publicação do artigo, acreditamos na contribuição da Educação Física para o desenvolvimento motor e social do aluno”, comentaram.

Para elas, a professora Gabriela Toloi foi fundamental na produção do artigo, por ter acompanhado as estudantes desde a elaboração do tema escolhido. “Somos gratas pela sua dedicação e pela profissional que representa para os seus alunos e também gostaríamos de agradecer a FAI pela oportunidade”, concluíram.