FAI obtém aprovação do Ministério da Ciência e Tecnologia para instituir Conselho de Ética no Uso de Animais

FAI obtém aprovação do Ministério da Ciência e Tecnologia para instituir Conselho de Ética no Uso de Animais

Comitê é formado por representantes de todos os cursos da instituição, de laboratórios e da sociedade protetora dos animais de Adamantina

02/05/19, às 10h51

Priscila Caldeira

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O Centro Universitário de Adamantina (FAI) obteve aprovação provisória do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para funcionamento do Conselho de Ética no Uso de Animais (CEUA). Significa que toda a pesquisa que precise utilizar tecidos animais deve ter o parecer desta comissão.

 

“Isso valida a possibilidade de recebermos investimentos de órgãos de fomento à pesquisa e a possibilidade de publicação dos resultados obtidos em revistas científicas e congressos, já que os mesmos não aceitam mais apresentação de trabalhos sem o projeto estar registrado e possuir parecer do CEUA”, explica a coordenadora do CEUA da FAI, Profª Me. Silvana Gomes Gonzalez.

 

O comitê do CEUA é formado por representantes de todos os cursos da instituição que utilizam animais, representantes de laboratórios e da sociedade protetora dos animais de Adamantina.

 

De acordo com o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Prof. Dr. José Aparecido dos Santos, desde agosto de 2017 a pró-reitoria trabalha pela organização do CEUA, buscando atender todos os requisitos necessários. 

 

“A aprovação provisória do CEUA deliberada pelo MCTIC vem fortalecer as atividades do ensino e da pesquisa na FAI. Passa a ser mais um suporte da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação para a realização de pesquisas, não dependendo mais de comitês externos. A comissão agora tem todas as condições básicas de executar a sua função de análise e avaliação dos projetos propostos pelos pesquisadores docentes e discentes da FAI, zelando pelo bem-estar dos animais”, afirma o professor José Aparecido.

 

Para o reitor, Prof. Dr. Paulo Sergio da Silva, o desenvolvimento de pesquisas e a regulamentação do CEUA consolidam as prerrogativas da FAI “e nos colocam a caminho de ser uma universidade. Motivar o corpo docente e discente a contribuir com a sociedade levando soluções, inovações e entendimentos em consonância com o desenvolvimento técnico científico é nossa meta”.

 

Diretrizes

O CEUA regulamenta as aulas práticas que utilizam animais para ensino ou pesquisa –

sejam elas do curso de Medicina Veterinária, Ciências Biológicas, Psicologia, Medicina ou de outros cursos – avaliando os protocolos de aula de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA).

 

Conforme a professora Silvana, todos os procedimentos em animais são baseados nos seguintes aspectos do bem-estar: devem estar livres de sede, de fome, de má nutrição, de dores, de doença, de desconforto, de medo e estresse e devem ter liberdade para expressar o comportamento natural da espécie.

 

O Conselho também avalia se o uso de animal pode ser substituído por outros modelos, equipamentos ou manequins.

 

Procedimento

O aluno e professor orientador que necessitem utilizar animais para a pesquisa deverão enviar o projeto e preencher um requerimento junto ao CEUA. O contato irá ocorrer pelo e-mail ceua@fai.com.br.

 

“Neste momento que o conselho está no início de sua atuação, pedimos o prazo de dois meses entre a apresentação do projeto, o parecer e o início da pesquisa”, ressalta a Profª Silvana.

 

O CEUA funciona no Câmpus I, na sala da pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação.