
Egresso de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da FAI defende mestrado na Universidade Metodista
Egresso de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da FAI defende mestrado na Universidade Metodista
Dissertação de Carlos Eduardo Bertin foi intitulada “Aproximações entre o Jornalismo Cultural e a Religião: a arte e a cultura pela perspectiva do jornal budista Brasil Seikyo”
27/03/19, às 12h30
Da redação
Revisão de: Priscila Caldeira
No último dia 20, o ex-aluno dos cursos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo do Centro Universitário de Adamantina (FAI), Carlos Eduardo Bertin, defendeu sua dissertação de mestrado, intitulada “Aproximações entre o Jornalismo Cultural e a Religião: a arte e a cultura pela perspectiva do jornal budista Brasil Seikyo”, no Câmpus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).
A pesquisa de Bertin teve como objetivo analisar como as temáticas da arte e da cultura são abordadas pelo jornal budista, pertencente à Associação Brasil Soka Gakkai (BSGI), Organização Não Governamental (ONG) filiada à Organização das Nações Unidas (ONU), fundamentada nos princípios do budismo de Nichiren Daishonin. Segundo o pesquisador, o interesse pelo tema se deu pelo fato de essa organização possuir ampla inserção no campo cultural, por meio de grupos artísticos, exposições e promoção de eventos culturais à sociedade.
Bertin analisou textos jornalísticos sobre arte e cultura, com base nos pressupostos dos gêneros e formatos do jornalismo propostos pelo professor Marques de Melo, publicados no Brasil Seikyo, em um período de 20 anos, que abrangeu os anos de 1999 até o ano 2018. Conforme o ex-aluno da FAI, identificou-se que os textos do gênero informativo evidenciam que os grupos artísticos, atividades e exposições culturais promovidas pela instituição servem como instrumentos para os propósitos de Cultura de Paz e expansão do movimento budista da BSGI no país. Já os textos do gênero opinativo revelam a consonância entre as produções culturais com os princípios do budismo, atuando como mediadores entre o público budista e essas temáticas.
A banca que julgou o trabalho foi composta pelo Prof. Dr. Herom Vargas, orientador do pesquisador e titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UMESP, pelo Prof. Dr. Roberto Joaquim, também titular do programa, e pelo professor convidado Dr. Jorge Miklos, titular do Programa de Pós-Graduação da Universidade Paulista (UNIP). Os professores que compuseram a banca aprovaram o trabalho sem a necessidade de alterações, mas deram sugestões para melhorá-lo, o que será feito pelo autor.
Conforme relata o pesquisador, “um sonho se realizou”. Esse sonho, segundo ele, se iniciou já na graduação em Publicidade e Propaganda na FAI: “Em 2010, apresentei um trabalho no CICFAI e passei a acalentar o sonho de seguir a área acadêmica”.
Após se formar em Publicidade, Bertin fez mais dois anos de Jornalismo e, após a conclusão, iniciou os preparativos para o mestrado. “Fiz muitas leituras. Conversei com ex-professores, amigos, até que em 2016 prestei o processo seletivo para entrar no programa”. Nesse processo, considera imprescindível o apoio do ex-aluno do curso de jornalismo da FAI e do Póscom da Metodista, Eduardo Gurgel. Segundo Bertin, ele indicou caminhos, apresentou professores e foi o primeiro a comunicar sua aprovação. “Trabalhava na prefeitura na época. Ministrei uma palestra para crianças no dia em que saiu o resultado e quando cheguei no setor tinha um áudio do Gurgel, comunicando minha aprovação”, conta.
Bertin afirma que a vida como mestrando foi desafiadora, mas “muito significativa”. Nesse tempo, apresentou dois trabalhos no Intercom Nacional (2017 e 2018), dois no Pensacom (2017 e 2018), um no Intercom Sudeste (2018) e um no Eclesiocom (2017). Atuou como editor voluntário do Jornal Brasileiro da Ciência da Comunicação (JBCC) da Cátedra UNESCO de Comunicação para o Desenvolvimento Regional e ministrou duas oficinas de leitura para os alunos da graduação, uma delas em parceria com um amigo do curso.
Bertin demonstra sua gratidão a todos que estiveram com ele desde o início. “Meus pais e minha irmã me deram todo o suporte financeiro e emocional. Por vezes, tiraram de onde não tinham para enviar, já que a bolsa que recebia era ínfima. Pretendo um dia recompensá-los por todo amor e carinho”, declara.
O egresso conta que enquanto aluno de Comunicação, recebeu muito incentivo dos professores, que hoje tem como amigos: Igor Pedrini, Sérgio Barbosa e Ieda Borges. “Todos eles sempre me incentivaram a seguir essa área, reconhecendo em mim um potencial que nem eu mesmo enxergava. Eles fazem parte dessa história. Posso um dia virar doutor, dar aula em uma universidade de renome, mas jamais vou deixar de dizer o quanto sou grato a eles por tudo”, acrescenta.
Além dos pais e professores, ele não esquece os amigos, a namorada e professores do Programa. “Tenho amigos que sempre me apoiaram e estiveram comigo. Fiz novos amigos no programa que hoje são parte da minha vida. No meio do caminho, conheci minha namorada que foi muito companheira e fundamental no apoio emocional. Além deles, aprendi com os professores que passaram pelo programa, meu orientador, todas as pessoas”, conclui.
Sobre os planos futuros, Bertin pretende encontrar trabalho como professor, em breve, e iniciar a preparação para o Doutorado, porém, ainda está refletindo em qual Universidade pretende prestar a prova.