
Formando de Ciência da Computação da FAI é aprovado em programas de mestrado da Unesp e Unicamp
Formando de Ciência da Computação da FAI é aprovado em programas de mestrado da Unesp e Unicamp
A linha de pesquisa do mestrado será a resolução de problemas com a utilização da otimização combinatória ou da inteligência artificial
18/01/19, às 16h01
Daniel Torres de Albuquerque
O formando do curso de Ciência da Computação do Centro Universitário de Adamantina (FAI), Thiago Martins Regodanso, de 22 anos e morador em Junqueirópolis, foi aprovado em dois programas de mestrado: na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), câmpus de Ilha Solteira, e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Tudo começou no segundo ano de Ciência da Computação, quando eu conheci o professor Wendel [Prof. Dr. Wendel Cleber Soares]. Ele me incentivou a escrever artigos”, lembrou o estudante, que ingressou na FAI em 2015.
Ele contou que apresentou o primeiro artigo em um evento científico da Associação das Instituições Municipais de Ensino Superior do Estado de São Paulo (AIMES-SP), na cidade de Franca. “Depois disso, escrevi um artigo para apresentar em Presidente Epitácio. Na sequência, eu apresentei dois trabalhos no CICFAI [Congressos Científicos da FAI]. Neste ano [2018], a gente conseguiu submeter um trabalho para a Unicamp, no Poscomp [Exame Nacional para Ingresso na Pós-Graduação em Computação], tendo sido aceito lá. Aí, eu submeti outro artigo para a Revista Thema, que é Qualis B1 [sistema usado para classificar a produção científica dos programas de pós-graduação], um peso bem grande e todos esses artigos pesaram muito na hora de classificar para o mestrado”, elencou.
O jovem se prepara agora para dar continuidade aos estudos e busca um diferencial no mercado de trabalho. “A minha meta é me preparar para o mercado de trabalho, visando ao empreendedorismo. Quero criar algo que gere uma empresa. Mas, um segundo caminho, seria lecionar”, revelou o estudante.
A linha de pesquisa do mestrado será a resolução de problemas com a utilização da otimização combinatória ou da inteligência artificial. “Na inteligência artificial [a ideia é] criar sistemas especialistas, utilizando a lógica fuzzy. Neste caso, é preciso conhecer a fundo o problema. Já a otimização combinatória pega um problema com muitas variáveis. Por exemplo, se você quer alocar todos os professores da Instituição automaticamente com um algoritmo, utilizamos a otimização combinatória para encontrar quais são os melhores horários para cada professor e isso exige uma grande quantidade de combinações possíveis, sendo cada professor e horário uma combinação”, explicou Thiago.
O aluno teve orientação do Prof. Dr. Wendel Cleber Soares no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e no projeto da bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coorientação do Prof. Dr. Alexandre Rodrigues Simões.
“Eu trabalhei em duas disciplinas no curso de Ciência da Computação, no segundo ano de graduação do Thiago, e ali ele já demonstrou o interesse e partimos para a produção e apresentação de artigos científicos. Quando olhamos para o histórico dele do segundo ao quarto anos, vislumbramos um crescimento formidável e essas aprovações nos dois programas de mestrado são fruto desse crescimento”, destacou Wendel Soares.
Para o chefe do Departamento de Exatas e Agrárias da FAI e coordenador dos cursos de Ciência da Computação e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (TADS), Prof. Dr. José Luiz Vieira de Oliveira, a Instituição tem dado o suporte necessário para que alunos e ex-alunos possam dar um salto em suas carreiras profissionais.
“Estamos vendo, nos últimos anos, todas essas conquistas dos alunos entrando em projetos de mestrado, continuando, depois, no doutorado com grande sucesso. O caso do Thiago, agora em 2018, vem contemplar essa nossa visão de que a pesquisa é muito importante e toda estrutura de ensino que passamos desde o início do curso, incentivando a pesquisa, trabalhando as normas da ABNT [Associação Brasileira de Normas Técnicas] e estimulando os alunos à participação em congressos científicos internos e externos. Nós sabemos que os nossos alunos têm um potencial muito grande e todos os anos temos tido essas boas notícias”, declarou José Luiz.
E o Thiago deixa um recado aos colegas que também sonham em prosseguir com os estudos: “eu aconselho a continuar porque vai ser uma bagagem a mais no currículo e isso vai fazer a diferença entre você e as demais pessoas”, completou Thiago Regodanso.