Estudantes da FAI viajam no próximo dia 24 para missão do Doutores Sem Fronteiras na Amazônia

Estudantes da FAI viajam no próximo dia 24 para missão do Doutores Sem Fronteiras na Amazônia

Bruno Macorini, aluno da Odontologia, e Maria Eduarda da Cunha, da Medicina, foram selecionados para atuar 40 dias na expedição

18/06/18, às 08h59

Priscila Caldeira

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A experiência em participar do Doutores Sem Fronteiras (DSF) em 2017 motivou o estudante do 5º termo de Odontologia do Centro Universitário de Adamantina (FAI), Bruno César Doretto Macorini, a integrar novamente a expedição na Floresta Amazônica e, dessa vez, junto a aluna do 6º termo de Medicina, Maria Eduarda Vilela Rodrigues da Cunha. Pela primeira vez a Organização Não Governamental (ONG) selecionou estudante do curso de Medicina para integrar a equipe, já que a área médica do DSF foi inaugurada em 2017, sob a coordenação de Victor A. Mais e Ana Raquel Okusu, depois da necessidade notada pela diretoria.

 

Com duração de 40 dias – de 24 de junho a 01 de agosto – os estudantes, por meio de apoio da Reitoria e Pró-reitoria de Extensão da FAI, irão participar de três expedições junto a cerca de 35 voluntários entre cirurgiões dentistas, médicos, biomédicos e estudantes: Barco Hospital Walter Bartolo, no Rio Guaporé e Mamoré (distrito de Surpresa, Rondônia); aldeias indígenas Paiter Surui, Uru-eu-wau-wau, Aikanã, Amondawa e Cinta Larga; e comunidades ribeirinhas localizadas na região do Baixo Madeira Distrito de Nazaré, Lago do Cuniã e Papagaios.

 

No próximo dia 24 os estudantes sairão de Presidente Prudente (SP), com chegada a Porto Velho (RO) prevista para o dia 25. “Sempre tive vontade de desenvolver trabalho voluntário. Interessei-me pela expedição por meio da participação do Bruno [aluno de Odontologia] em 2017. Ele me passou muitas informações sobre a ONG. Entrei no site e mandei e-mail, tirando as dúvidas”, conta Maria Eduarda.

 

Bruno a convidou para participar da reunião do DSF em São Paulo no segundo semestre de 2017. Em janeiro deste ano foi convidada pelos médicos Victor e Ana Raquel a auxiliar na organização de um curso de Radiologia na cidade de Campinas (SP), ocorrido em março.

 

“Estou muito feliz com a seleção. A ONG parece uma família. Não é status. Todos se doam ao máximo no servir ao próximo e eu me identifiquei muito com a causa e com a cultura indígena. Terei mais a ganhar, porque sou só estudante”, afirma a aluna.

 

Nesta oportunidade como ativista da associação, Bruno comenta sobre a seleção de uma aluna de Medicina integrando a equipe. “Vai ser muito importante a atuação da Maria Eduarda na expedição. Agora sendo ativista, as responsabilidades aumentam. É preciso levar uma técnica mais aprimorada, pois viramos referência para um intercambista, tanto na atuação profissional quanto comportamental”, diz.

 

Conforme explica, ativista é um título dado pela diretoria da ONG que reconhece o trabalho prestado pelo intercambista durante a expedição anterior. “É emitido um certificado de intercambista pela missão e recebemos o título. O ativista tem um conhecimento maior das culturas indígena e ribeirinha, não só pelo trabalho da missão anterior, mas também por toda a pesquisa que fazemos ao longo do ano sobre as comunidades que serão atendidas a fim de chegarmos preparados e capacitados”, aponta.

 

 

Experiência anterior

 

Depois da experiência no DSF em 2017, Bruno preparou a exposição “Doutores Sem Fronteiras” no Hall do auditório Miguel Reale durante os congressos da FAI, realizados em outubro, o Congresso de Iniciação Científica Júnior (CIC Júnior), Congresso de Iniciação Científica (CIC) e Congresso de Pesquisa Científica (CPC).

 

Nela constavam fotos, objetos típicos das regiões por onde o estudante passou e a exibição do documentário produzido pela Agência FAI (disponível no link: https://youtu.be/JtzJ92OUJ0A).

 

“A exposição já esteve em várias cidades da região e no Congresso Internacional do Odontologia em São Paulo”, completa Bruno.

 

 

DSF

 

Fundada por Caio Eduardo Caseiro de Lima Machado, a ONG Doutores Sem Fronteiras é uma entidade sem fins lucrativos cujo objetivo é erradicar a falta de acesso à saúde básica e educação de determinadas populações.

 

A ONG atua na saúde primária, secundária e terciária, como explica o estudante da FAI: “Quando cheguei lá pela primeira vez me deparei com algumas comunidades atendidas, de difícil acesso, que nem a saúde primária ocorria. Quando a ONG presta atendimentos, conseguimos alcançar a saúde terciária, um nível mais complexo no qual entra equipamentos mais avançados com tecnologias de referência mundial, além de profissionais especializados”.