Workshop da FAI apresenta como controlar a ferrugem alaranjada na cana-de-açúcar
Workshop da FAI apresenta como controlar a ferrugem alaranjada na cana-de-açúcar
Evento, realizado nos dias 5 e 6 de junho, é resultado de três anos de pesquisa na área
06/06/12, às 00h00
Priscila Caldeira
Teve início na manhã de terça-feira (5) o workshop ”Ferrugem alaranjada na cana-de-açúcar no Brasil: onde, como e quando controlar?”. Sediado no auditório Miguel Reale do campus II da FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas), o evento foi direcionado aos estudantes, professores e comunidade que atua direta ou indiretamente no setor. As usinas da região também foram convidadas.
O evento é fruto de pesquisa feita em parceria com a UEL (Universidade Estadual de Londrina), e financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), com o objetivo de conter a praga que ataca a cana-de-açúcar. A pesquisa teve duração de três anos, com início em janeiro de 2009.
O diretor da FAI, prof. Dr. Márcio Cardim, explica como a pesquisa foi dirigida. “O projeto foi aprovado no CNPq em 2009. Saiu um recurso de R$380 mil para uma equipe da FAI, juntamente com a equipe da UEL, para desenvolvê-lo. O prof. Éder Giglioti, que já foi docente na FAI, faz a coordenação do trabalho nessa área de contenção da ferrugem alaranjada. É importante que um projeto assim vá adiante, porque favorece as usinas em termos financeiros. A usina acaba que recolhendo mais e fazendo a prevenção desta ferrugem”, afirmou.
Cardim ministrou palestra com a demonstração dos modelos matemáticos e estatísticos utilizados na ferrugem alaranjada. Ele acrescentou que a precisão da técnica que contém o avanço da praga poderia ser melhorada se as usinas montassem estações meteorológicas para abranger regiões específicas.
“Seria muito interessante que as usinas fizessem um consórcio e montassem estações meteorológicas, porque a que temos hoje são do Instituto Nacional de Meteorologia e na realidade muitas vezes não abrangem regiões em específico”, aponta.
Conforme o diretor, alunos da FAI participam do projeto com bolsa de iniciação científica e também pesquisadores já graduados atuaram no desenvolvimento da pesquisa. “O Éder montou uma equipe que atua diretamente nesse projeto, inclusive foi constituído um site, o Scoralert. A ideia é que através desse site em tempo real os usineiros consigam mapear os locais de favorabilidade para o ingresso dessa praga”.
O professor que coordena a pesquisa, Éder Giglioti, explica que foi realizada uma série de experimentos em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos, Guatemala e Austrália. “É uma filosofia de desenvolvimento de tecnologias para evitar perdas em cana-de-açúcar por pragas, plantas daninhas”, finaliza Giglioti.