
Dia Internacional da Mulher
Dia Internacional da Mulher
Mulheres de Adamantina falam de suas diversas funções
12/03/12, às 00h00
Jesana Lima
Revisão de: Priscila Caldeira
No último dia 08 de março foi comemorado o Dia Internacional da Mulher. Esta data ficou marcada, depois que operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque, fizeram uma grande greve de 1857.
Elas buscavam melhores condições de trabalho, quando foram trancadas dentro da fábrica e incendiadas. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
No entanto, foi em 1910 que ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem a essas mulheres. Ao ser criado esta data, não se pretendia apenas comemorar, mas diminuir o preconceito e a desvalorização da mulher.
Os anos se passaram e a mulher foi ganhando espaço nas diversas áreas profissionais. Um exemplo é vice- prefeita de Adamantina Elizabete Meirelles que durante uma entrevista falou sobre o desafio de ser mãe, esposa, diretora pedagógica e vice-prefeita de Adamantina.
“Não é fácil, é um desafio constante, mas eu aprendi que precisamos ter a atitude de querer fazer as coisas certas. Não devemos nos contentar com mediocridade. É preciso se organizar, e procurar ser disciplinada para que as coisas possam acontecer”, destaca.
De acordo com Meirelles, o preconceito ainda existe, mas é necessário enfrentar. “Não só na política, mas em muitos campos a mulher ainda não está isenta de dificuldades. O que devemos fazer é não nos deixar abater. As lutas são muitas, mas é possível vencer e sair mais forte de cada situação”.
Outro exemplo de mulher é Patrícia Tranche Vasques. Mãe, esposa, empresária e delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Adamantina. Cheia de funções e afazeres, considera impossível viver sem estar ativa.
“Meu dia a dia como mulher não é fácil, exige equilibro, bom senso e rapidez de raciocínio. Ao mesmo tempo em que sou delegada, sou esposa e mãe. É por isso que acredito que a mulher começou a se destacar depois que a sociedade viu suas múltiplas funções e, apesar da correria, considero minha vida prazerosa. Costumo dizer que não conseguiria viver sem estar ativa, pois mesmo que canse, isso faz parte do meu dia a dia, e eu escolhi”.
Para Patrícia, ser responsável pela segurança e os direitos da mulher no município é muito gratificante, principalmente depois da Lei Maria da Penha. De acordo com ela, o judiciário tem sempre atendido as medidas protetivas elencadas nesta lei.
“É um direito que veio garantir a segurança da mulher. Antes os homens ameaçavam e as mulheres tinham medo de denunciar, hoje não, as medidas de segurança dão toda proteção a elas. Então, só não denuncia quem não quer. É por isto que eu sempre digo que não é necessário ter vergonha, pois melhor do que viver na mentira é sair dela”, finaliza.