Universitários participam do Ciclo “Gêneros e Etnias” no auditório do campus II da FAI

Universitários participam do Ciclo “Gêneros e Etnias” no auditório do campus II da FAI

A palestra faz parte de uma programação da Secretaria de Cultura do Estado em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo de Adamantina

13/03/12, às 00h00

Jesana Lima

Revisão de: Priscila Caldeira

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            Na noite desta segunda-feira (12), aconteceu no campus II da FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas) o Ciclo Gêneros e Etnias, uma palestra com intuito de debater e conscientizar o aluno referente à homofobia e a Consciência Negra.

            Dentre os presentes, estava o secretário de Cultura e Turismo de Adamantina, Acácio Rocha, o diretor de Cultura, Henrique Toffoli, o diretor-geral da FAI, Márcio Cardim, a advogada Carolina Galdino, professores da instituição, alunos e a imprensa local.

            Na abertura, Cardim parabenizou a iniciativa do governo do estado com o poder executivo, e falou da importância de se discutir o tema dentro das universidades. Logo após, teve início o ciclo tendo como palestrante o coordenador da ACGE (Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria de Estado da Cultura), Cássio Rodrigo. 

            De acordo com Cássio, o objetivo é conscientizar os alunos para que quando saiam do mercado de trabalho saibam lidar com a população LGBT.  Segundo o assessor, o preconceito está ligado a uma questão sociocultural, ou seja, as pessoas não adquirem conhecimento e preferem seguir o senso comum.

            “A intenção de fazer este ciclo de palestras é porque nós acreditamos que a cultura e a educação são as melhores ferramentas, capazes de evoluir a sociedade. Discutir esse tema é garantir que tenhamos profissionais que entendam a população LGBT, pois o preconceito está ligado ao desconhecimento, ou seja, as pessoas criam uma série de questionamentos e acabam indo pelo senso comum. A população LGBT não é um mundo a parte”, destaca.

            O interesse dos alunos pelo tema foi notório, a prova é Guilherme Costa, aluno do 5º termo de Jornalismo. “Eu acho super importante em trabalhar a homossexualidade na sociedade, sabemos que acabar com o preconceito não será possível, mas com isso vamos conscientizar a população. Eu sou homossexual, e sou prova de que muitas pessoas que desconhecem a palavra homossexual, então é uma maneira de abrirem a mente da sociedade, e o Brasil está mudando e já está começando a moldar outros países”, ressalta.

            A aluna Paula Renata Santos, do 1º termo de Serviço Social, e o aluno Lennon Fernando Paullino, do 1º termo de Publicidade e Propaganda, também manifestaram apoio ao tema e a divulgação dentro das universidades.

            Para a psicóloga e professora da FAI, Magda Arlete Santos Cardoso, ser homossexual não é uma escolha, pois a identidade sexual se forma entre os três e cinco anos de idade. Segundo ela, os próprios homossexuais por muitas vezes têm medo de assumir e, por muitas vezes, se excluem da sociedade, antes mesmo de ser excluído.

            “Se sair do armário seria vivenciar a sexualidade como forma plena, as pessoas deveriam sim sair do armário para qualidade de vida social, não necessariamente sair aos quatro ventos dizendo ser homo ou bi. Então, nesse sentido, deve-se tomar cuidado com essas exigências ao assumir sua identidade’’, enfatiza.  

            O ciclo de palestras e discussões sobre o tema continua até o dia 26 de março. Uma exposição foi montada no hall do auditório Miguel Reale com o tema “Homofobia Fora de Moda” e “Consciência Negra em Cartaz”. A exposição está aberta ao público de segunda a sexta-feira das 08h às 22h30 e aos sábados das 08h à 12h.