
Em entrevista coletiva, diretor da FAI afirma que responsáveis pelo ato serão expulsos da faculdade
Em entrevista coletiva, diretor da FAI afirma que responsáveis pelo ato serão expulsos da faculdade
Na última quarta,4, Cardim esteve presente espontaneamente à CPI das Universidades na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para esclarecer o trote violento
05/02/15, às 17h02
Priscila Caldeira e Daniel Torres/ Colaborou: Portal Alesp
O diretor geral das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), professor Dr. Márcio Cardim, concedeu entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira, 5, sobre o episódio de trote violento ocorrido fora das dependências da instituição envolvendo alunos ingressantes.
Durante a coletiva, Cardim afirmou categoricamente que os responsáveis pelo ato serão expulsos da faculdade e responderão criminalmente à justiça.
“A FAI tem disponibilizado para a polícia todas as fotos, vídeos e documentos dos envolvidos no trote. Foi um fato lamentável e precisamos punir os responsáveis para que sirva como exemplo e não aconteça mais”, ressaltou.
Conforme Cardim, a FAI desenvolve programas de conscientização ao longo do ano: “Nós temos 4.500 alunos dentro da instituição, não podemos responsabilizar todos por causa de um vândalo”.
A fim de coibir a prática do trote no município, o diretor geral afirmou que nesta quarta-feira em conversa telefônica com a presidente da Câmara Municipal de Adamantina, Maria de Lourdes Santos Gil, sugeriu a criação de um projeto de lei com esta finalidade.
As diretorias acadêmica e jurídica da FAI têm constantemente entrado em contato e prestado apoio às vítimas e familiares.
Participação na Assembleia Legislativa
A convite do deputado Adriano Diogo (PT), Márcio Cardim compareceu em audiência da CPI das Universidades na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), nesta quarta-feira, 4.
Presente à CPI espontaneamente para esclarecer o trote violento, Cardim informou ao presidente da CPI que as Faculdades Adamantinenses Integradas são uma autarquia municipal, mas que cobra mensalidade dos alunos pelo fato de a instituição ter sido criada antes da Constituição de 1988 e, portanto, sem direito ao repasse do ICMS.
O diretor explicou que quase a totalidade das mensalidades é revertida em bolsas para alunos carentes. Deixou claro que é a primeira vez, em 46 anos da instituição, que ocorre um fato dessa natureza, e que se forem alunos veteranos, os mesmos serão expulsos.
Os deputados Dr. Ulysses (PV), Marco Aurélio de Souza (PT) e Carlos Giannazi (PSOL), em consenso com Diogo, elogiaram a iniciativa de Cardim de comparecer à CPI e o incentivaram a agir com rigor para dar o exemplo e mostrar que autores de trotes violentos "não podem ter perdão".
Sindicância
A direção geral da FAI abriu nesta quarta-feira, 4, uma sindicância administrativa para apurar a identificação dos responsáveis pelo episódio do trote violento.
Como o incidente se deu em vias públicas, a direção da FAI afirmou que a instituição se colocou à disposição das autoridades a fim de que este caso seja esclarecido o mais rápido possível e seus autores sejam devidamente responsabilizados de acordo com a legislação vigente. A polícia civil investiga o caso.
Na manhã de ontem, a estudante de Pedagogia Natália de Souza Santos, de 17 anos, que sofreu queimaduras nas pernas e no umbigo durante o trote, prestou depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Ela foi atingida por um produto químico jogado por rapazes. O conteúdo do depoimento ainda não foi revelado pela polícia.