Congregação aprova por unanimidade projeto para a FAI tornar-se Centro Universitário

O dia 7 de outubro ficará registrado como marco histórico para as Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI). A congregação da FAI aprovou por unanimidade o projeto, apresentado pela direção, para transformar a instituição em Centro Universitário. O próximo passo será protocolá-lo junto ao Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo (CEE-SP).

Após a realização de estudo de viabilidade econômica, administrativa e acadêmica, baseado na Deliberação nº 8/98 do CEE, a direção constatou a condição de a FAI pleitear esse projeto.

“A congregação, juntamente com a direção, protagonizou um marco histórico na FAI, porque muitas mudanças vão ocorrer para melhor. Gostaria de agradecer toda a equipe de diretores, coordenadores, profissionais que fazem parte da congregação, todo o corpo discente e docente que contribuiu para que esse projeto crescesse. Como diretor geral da FAI e membro titular da Câmara de Educação Superior do CEE do Estado de São Paulo, não poderia deixar de oportunizar e apresentá-lo, pois a FAI atende plenamente as condições para se transformar em Centro Universitário”, ressalta o diretor geral, professor Dr. Márcio Cardim.

Depois de protocolado no CEE, haverá uma análise da assistência técnica e serão indicados três relatores que farão visita in loco na instituição, por meio da visitação de todas as instalações para, posteriormente, apresentarem um relatório para a Câmara de Educação Superior. A esse órgão caberá a votação favorável ou não do relatório.

Na sequência, será votado em sessão plenária do Conselho Estadual de Educação, com a junção da Câmara de Educação Básica e Câmara de Educação Superior. Depois será feita a homologação do credenciamento.

“O processo desde o protocolo até o credenciamento deve demandar em torno de um ano e meio. Feita a homologação do credenciamento, a FAI terá um ano para se adequar a nova realidade. Essa transformação significa que nós vamos ter que adequar o nosso regimento às metas estabelecidas no pedido. A congregação acompanhará passo a passo este processo”, afirma o diretor geral.

De acordo com Cardim, as principais metas foram colocadas no projeto para que a FAI se consolide como Centro Universitário e foi demonstrado o potencial da instituição em agir no tripé ensino, pesquisa e extensão.

“O ensino a instituição faz com muita propriedade, a extensão através das clínicas e laboratórios, corpo docente e discente prestando toda a parte de atendimento à comunidade. Estamos bem avançados também no quesito da pesquisa”, aponta.

A transformação para Centro Universitário não modifica a característica de autarquia municipal da instituição: “A organização jurídica, administrativa, financeira não sofre alteração. Continuaremos sendo fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo”.

Mudanças

Tornando-se Centro Universitário, a FAI passará a ter uma maior autonomia didático-administrativa, podendo deliberar sobre a criação de novos cursos, expansão de carga horária, adequação das grades a novas diretrizes curriculares nacionais, atuar na extinção e abertura de cursos, emitir diplomas e ampliar vagas dos cursos.

“A elaboração de programas, regimentos de estágios, atividades complementares de todos os cursos hoje são encaminhados para o CEE-SP, com o Centro Universitário estas atribuições passam a ser administradas pelo Conselho Universitário da FAI. Vai melhorar a qualidade do ensino, a pesquisa e a extensão, com mais possibilidades de ampliarmos a captação de recursos perante os órgãos de fomento”, esclarece Cardim.

Conforme explica o diretor, será promovido um concurso para a escolha de um novo nome para a FAI: “É importante incluir a palavra Uni como forma de retratar a posição de Centro Universitário, mas é necessário preservar a marca FAI pela força que possui. Possivelmente será denominada FAI”.

O Centro Universitário colocará a instituição em posição de destaque em diversas situações, seja na participação dos fóruns de discussões, seja na atuação de políticas públicas em nível estadual ou federal na busca por apoio acadêmico.

A FAI estará presente em vários fóruns de discussões e terá um assento na Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM), órgão com influência política na área do ensino superior.

“Os benefícios são inúmeros, teremos uma atuação maior do corpo docente na extensão e na pesquisa, visto que a transformação possibilita a atribuição de atividades nestas áreas, aumentando sobremaneira as possibilidades de concretizar projetos patrocinados pela iniciativa pública ou privada, com inserção maior de alunos e professores bolsistas”, finaliza Cardim.