FAI protocola pedido de abertura do curso de Medicina junto ao Conselho Estadual de Educação

FAI protocola pedido de abertura do curso de Medicina junto ao Conselho Estadual de Educação

Agora, o projeto pedagógico do curso passa para a avaliação do CEE

28/02/14, às 13h02

Daniel Torres de Albuquerque

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Foi protocolado na manhã de quarta-feira, 26, junto ao Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE), o ofício de pedido de autorização para funcionamento do curso de Medicina das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI).

A partir de agora, o projeto pedagógico do curso passa para a assistência técnica do CEE que vai dar prosseguimento à Câmara de Educação Superior do órgão, onde serão indicados dois especialistas da área de Medicina para analisá-lo e indicá-lo para aprovação.

Após a emissão do parecer dos especialistas, haverá uma visita in loco. O projeto retorna à Câmara de Educação Superior, onde será indicado um relator (um dos conselheiros) para emitir o parecer final e aprovação por parte da plenária (junção das Câmaras de Educação Básica e Educação Superior do CEE).

“A nossa expectativa é que, ao longo deste ano de 2014, não havendo nenhuma variável desconhecida, dentro da normalidade, possamos organizar o curso e assim termos, em 2015, a primeira turma de Medicina da FAI”, comemorou o diretor geral da instituição e conselheiro do CEE, Prof. Dr. Márcio Cardim.

Viabilidade

Na metade do ano passado foi constituída uma comissão de professores da FAI para estudar a viabilidade da implantação do curso de Medicina na instituição.

Essa comissão constatou existir a viabilidade do curso, em período integral, por conta da estrutura já existente na instituição em termos de laboratórios. “Grande parte desses laboratórios são utilizados apenas no período noturno e, como o curso de Medicina pretende ser integral, há a possibilidade de utilização dos mesmos durante o dia, havendo, para o momento, apenas a necessidade de adequação dos laboratórios de anatomia e a aquisição de mais materiais para estudo”, salientou o diretor.

Além disso, a instituição procurou as prefeituras de Adamantina e municípios vizinhos a fim de firmar convênios com estruturas da área de Saúde para o internato dos universitários, sendo, inclusive, assinados termos de compromisso entre a instituição e esses municípios.

“A direção está confiante porque o projeto foi muito bem elaborado e muito bem justificado pela própria necessidade de a região ter uma melhoria na saúde básica e ambulatorial, que deverá ser impulsionada e dinamizada por essa iniciativa. Esse é um curso realmente necessário para Adamantina e região porque, perante o quadro que temos instalado no Brasil, essa é uma forma de a FAI contribuir com a melhoria do setor”, opinou Cardim.

Projeto pedagógico

Depois dos estudos de viabilidade elaborados por uma comissão de professores da FAI, encabeçada pelo Prof. César Antônio Franco Marinho, o projeto pedagógico do curso de Medicina, que vinha sendo estudado desde setembro de 2013, foi desenvolvido.

Nas duas últimas semanas do mês de janeiro, a FAI contou com a colaboração da pesquisadora Profª. Drª. Ivete Dalben, professora de Epidemiologia da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, que também atua como supervisora de alunos de Medicina na rede básica de Saúde daquela cidade, para a elaboração do projeto pedagógico juntamente com a Profª. Drª. Marisa Furtado Mozini Cardim.

“O objetivo é que os alunos de Medicina da FAI tenham condições de atuar no Brasil como um todo, enfrentando todas as dificuldades, propondo soluções e melhorias”, salientou Ivete Dalben.

Para ela, os hospitais de Adamantina e região, num raio de até 80 quilômetros, apresentam as condições necessárias tanto em número de leitos como em condições de tecnologias e especialidades, para o estágio de alunos com a finalidade da formação de médicos generalistas.

“Eu imagino que, com esse projeto pedagógico que concluímos e com as condições que diagnosticamos e levantamos dessa região, as chances de ter uma nova escola de Medicina em Adamantina são muito grandes”, destacou a pesquisadora.

Em reunião nesta semana, a Congregação da FAI convalidou o projeto e a proposta de pedido da abertura de curso realizado pela direção junto ao CEE.

“Estamos confiantes na aprovação do projeto porque ele tem fundamentação técnica e a instituição conta com experiência de 30 anos no oferecimento de cursos na área de saúde e esse curso deve somar com todos os outros da mesma área já existentes aqui. Certamente a FAI tem condições de oferecer um curso de qualidade”, concluiu Márcio Cardim.