
Alunos de História apresentam estudos sobre registro de patrimônio cultural imaterial
Alunos de História apresentam estudos sobre registro de patrimônio cultural imaterial
Atividade faz parte do Projeto Nossa Gente, coordenado pela Prof.ª Dra. Izabel Castanha Gil
24/08/23, às 17h03
Natália Lopes e Rodrigo Sacramento, 2º termo de História
Revisão de: Daniel Torres de Albuquerque
Com imensa alegria, apresentamos resultados parciais dos primeiros estudos sobre o tema Patrimônio Cultural Imaterial, como uma das atividades do Projeto Nossa Gente, coordenado pela Prof.ª Dra. Izabel Castanha Gil, e ligado ao curso de História, durante o evento de lançamento da plataforma Empório Flamejante, no último dia 3 de agosto. Auditório cheio, muito conhecimento e música boa marcaram a iniciativa apresentada em duas noites, no Auditório Miguel Reale, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEXT) do Centro Universitário de Adamantina.
A motivação de se dedicar ao tema vem dos esforços iniciados para reconhecimento das técnicas manuais de processamento do jatobá (fruto nativo) como patrimônio cultural imaterial. O uso desse fruto é centenário entre povos indígenas e comunidades tradicionais, uma vez que o vegetal distribui-se em vários biomas brasileiros. Seu consumo, no entanto, não é comum na culinária e na medicina popular do Sudeste, especialmente no interior paulista.
“Desde 2019, iniciamos experimentos com o fruto do jatobá (Hymenaea courbaril), especialmente para a produção da farinha. Com ela se fazem bolos, pães, licores, bolachinhas e tantas outras delícias. É rica em cálcio, magnésio e fibras. Desenvolvemos o vinagre de jatobá e receitas exclusivas para quem tem restrições alimentares. Queremos que as pessoas adquiram o hábito de consumir um alimento saudável e queremos também contribuir para a reposição de parte da biodiversidade regional, com o reflorestamento”, afirma a professora Izabel.
Em relação ao registro do patrimônio cultural material e imaterial, o órgão responsável é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura (MinC). O registro resguarda a cultura nacional material e imaterial, garantindo a memória, preservação e a fiscalização de bens culturais, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do país. A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural, ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial.
Em específico, o patrimônio cultural imaterial refere-se a registros, marcas, símbolos, acontecimentos, tradições, que passam a ser eternizada, uma herança não palpável, de geração para geração. As obras de arte, músicas, os objetos, as relíquias e outras formas, fazem parte deste conjunto, preservando, de alguma forma, a cultura de uma região. Como exemplos de bens imateriais, temos danças, como o frevo e o axé. No quesito de festas, temos a festa junina. As linguagens também se caracterizam como patrimônio cultural imaterial.
A solicitação do registro é feita por uma instituição pública ou por uma associação da sociedade civil, que tenha vínculo com a temática cultural. Atendendo-se as solicitações do protocolo, o Iphan realiza a análise e, por fim, o registro pode ou não ser expedido.
Em nossa apresentação, levamos informações sobre patrimônio cultural material e imaterial aos participantes e estamos envolvidos nos levantamentos exigidos para a obtenção do registro referentes às técnicas de processamento do jatobá. Certamente, uma novidade no Oeste Paulista.