“Uma das prioridades é a do ensino ligado à teoria e à prática”, afirma coordenador de Medicina da FAI

“Uma das prioridades é a do ensino ligado à teoria e à prática”, afirma coordenador de Medicina da FAI

Prof. Dr. Miguel Ângelo De Marchi assumiu a coordenação no final de janeiro e exercerá na função por tempo indeterminado

10/03/17, às 00h00

Daniel Torres de Albuquerque

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“Uma das prioridades é a do ensino ligado à teoria e à prática”. Com essa afirmação, o novo coordenador de Medicina do Centro Universitário de Adamantina (FAI), Prof. Dr. Miguel Ângelo De Marchi, iniciou sua atuação à frente do curso.

Na visão do coordenador, o curso precisa estar estabelecido no alicerce formado pelo Ensino, a Pesquisa e a Extensão a fim de que o aluno possa ser inserido na comunidade local para contato com o paciente desde os primeiros meses da formação acadêmica e profissional.

“A ideia é intensificar principalmente a prática, manter um sistema de ensino de aulas, mas também procurar inovar com a metodologia ativa, que é a do aluno centrar o seu conhecimento em pesquisas, em livros e revistas para poder enriquecer aquilo que aprende em sala de aula”, destacou De Marchi.

Outra proposta do curso que já vem sendo colocada em prática é a criação de bases de atendimento dos alunos à comunidade. “Por exemplo, na disciplina de Semiologia, a intenção é colocar os estudantes [para atendimento] no Centro de Saúde, na Fisioclínica da FAI, na Santa Casa de Adamantina e, também, na Santa Casa de Tupã, para que eles possam iniciar esse contato com o paciente e construir o aprendizado do [que é] ser médico”, avaliou.

Quanto à pesquisa, a coordenação de Medicina vê a necessidade de o aluno desenvolver um conhecimento científico desde o início do curso e, para isso, o discente precisa ser estimulado. “Estamos incentivando os alunos a procurarem seus docentes, organizem algum tipo de pesquisa científica, utilizem sua ida à comunidade com o objetivo de desenvolver atividades que façam bem ao paciente, ao aluno e à Instituição”, contou o coordenador.

Como a Medicina da FAI ainda está em processo de construção, De Marchi explica que a preocupação da coordenação do curso é a manutenção de um corpo docente de qualidade. “A ideia é colocar uma estrutura de docência com excelência, com professores que tenham mestrado, doutorado e até mesmo aqueles que não tenham titulação, que possam responder à altura em relação ao Ensino e às ansiedades pessoais dos alunos”, acrescentou.

Estrutura

“Eu me impressiono com a estrutura que a FAI tem tanto de docência quanto de laboratórios, biblioteca e recursos de informática”, confessou De Marchi. Além dos laboratórios já existentes, a maior expectativa do curso de Medicina é para a construção do Bloco V, no Câmpus II, que possibilitará um acréscimo à estrutura já existente.

O Bloco V atenderá aos cursos da área de Saúde da FAI e abrigará o Laboratório de Simulação Realística, de fundamental importância para o curso de Medicina. “A grande proposta desse novo bloco é, primeiramente, acomodar melhor os alunos em salas maiores. Outra é a adaptação do Laboratório de Anatomia, que precisa de um maior espaço para a acomodação dos espécimes humanos glicerinados e formalizados, quanto das peças em resina, do ossário e melhor acomodação dos alunos durante as aulas de Anatomia. Porém, o foco principal desse bloco é a construção do Laboratório de Simulação Realística, de alta tecnologia, no qual são realizadas todas as simulações da parte prática antes de o aluno enfrentar o campo de trabalho”, explicou a responsável técnica pelo curso de Medicina, Prof.ª Dra. Marisa Cardim.

O Laboratório de Simulação Realística faz uso de manequins robóticos e atores que criam um hospital-virtual. A simulação realística capacita os profissionais em todo o ciclo de atendimento ao paciente: a chegada, procedimentos, resultados, relação com familiares e equipe médica. Nesse ambiente é possível treinar profissionais e equipes em diferentes cenários, inclusive os mais raros e de maior risco.

“A cada momento e a cada fase que se vão evoluindo os termos e os anos do curso, essa estrutura material de laboratórios e de recursos vai aumentando cada vez mais”, completou Miguel De Marchi.

O coordenador

Graduado em Medicina pela Faculdade Medicina de Marília (Famema), em 1985, Miguel Ângelo De Marchi possui especialização em Dermatologia e em Saúde Pública também pela Famema (1989), mestrado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), concluído em 1999, e doutor em Ciências da Saúde também pela Famerp (2014).

Médico credenciado do Ministério da Aeronáutica, atende no Hospital Beneficente São José, em Herculândia, pela Secretaria de Estado da Saúde, e na Santa Casa de Misericórdia de Tupã.

Na área acadêmica atua como docente da disciplina de “Interação da FAI com Serviços de Saúde e Comunidade” e como docente da disciplina de “Dermatologia” da Faculdade de Medicina de Marília (Famema).

De Marchi assumiu a coordenação do curso de Medicina da FAI no final de janeiro e exercerá na função por tempo indeterminado.