
FAI firma parceria para a implantação de equipamento biodigestor na instituição
FAI firma parceria para a implantação de equipamento biodigestor na instituição
A ideia é aproveitar o equipamento para desenvolver pesquisas na área de Agrárias
12/11/14, às 18h11
Daniel Torres de Albuquerque - Colaborou: Alan Lima dos Reis
Por meio de um trabalho conjunto que envolve um projeto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), ligado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) conseguiu a aprovação do órgão para o investimento em um protótipo que permitirá a instalação de um equipamento biodigestor, modelo canadense, nas dependências da instituição.
Participam da idealização desse projeto o vice-diretor geral da FAI, Prof. Dr. Wendel Cléber Soares, na função de orientador, o Prof. Dr. Vagner Amado Belo de Oliveira como co-orientador e o aluno e bolsista do curso de Engenharia Ambiental, Osmar Toledo Bonfim.
Após a implantação e utilização do biodigestor para o projeto desenvolvido pelo aluno, a ideia é aproveitar a estrutura do equipamento para desenvolver outras pesquisas com substratos diferentes, alavancar uma futura eficiência energética para a instituição e difundir a tecnologia para a região da Nova Alta Paulista.
Na última segunda-feira, 10, o orientador Wendel Soares, acompanhado do coordenador do Núcleo de Prática de Pesquisa (NPP) da FAI, Prof. Dr. José Aparecido dos Santos, e do também aluno do curso de Engenharia Ambiental e colaborador do projeto, Alan Lima dos Reis, se reuniram com o sócio-proprietário da empresa bauruense Ecosys Lagos Ornamentais, Luiz Prado, a fim de firmar parceira para o compartilhamento de tecnologias para a implantação do biodigestor e a execução do projeto em questão.
“O encontro se deu graças às articulações do Prof. Dr. Lourenço Magnoni Júnior, da Etec Astor de Mattos Carvalho, de Cabrália Paulista, em favor da FAI. O objetivo da reunião foi realmente o de firmar uma parceria com a Ecosys com o intuito de pleitear algumas tecnologias de Geomembrana EPDM que a empresa desenvolve ligadas ao biodigestor”, explicou o aluno colaborador do projeto, Alan Reis.
“Com relação ao potencial motivacional do projeto, as perspectivas são muito boas para a atração de novos alunos para os cursos na área de Agrárias da FAI e a manutenção dos atuais alunos nesses cursos, uma vez que a instituição ainda não possui um equipamento como o biodigestor em suas dependências, e isso pode alavancar grandes resultados futuramente”, complementou Wendel Soares.
O biodigestor
De acordo com informações do portal Ambiente Brasil, o biodigestor é um tanque protegido do contato com o ar atmosférico, onde a matéria orgânica contida nos efluentes é metabolizada por bactérias anaeróbias (que se desenvolvem em ambiente sem oxigênio).
Neste processo, os subprodutos obtidos são o gás (biogás), uma parte sólida que decanta no fundo do tanque (biofertilizante), e uma parte líquida que corresponde ao efluente mineralizado (tratado).
Este efluente pode ser utilizado para produção de microalgas que podem servir de insumo para piscicultura em sistemas de policultivo. Este processo de tratamento de efluentes por biodigestor e produção de subprodutos com valor agregado é um exemplo de biossistema integrado.
A tecnologia de biodigestores já tem pelo menos duas décadas no Brasil. Iniciou-se com modelos provenientes da China e Índia.
O Brasil e especialmente a Nova Alta Paulista, onde a FAI está localizada, dispõem de condições climáticas favoráveis (localidade de clima tropical onde a temperatura é praticamente constante, com média acima de 20°C, os digestores dispensam sistemas adicionais para aquecimento) para explorar a imensa energia derivada dos dejetos animais e restos de cultura e liberar o gás de botijão e o combustível líquido (querosene, gasolina, óleo diesel) para o homem urbano aliviando com isso o país de uma significativa parcela de importação de derivados do petróleo.