“A FAI não foi feita só de sonho. Houve muito trabalho”, afirma o ex-diretor Gilson Parisoto

“A FAI não foi feita só de sonho. Houve muito trabalho”, afirma o ex-diretor Gilson Parisoto

Pós-doutor coordenou a transição da FAFIA e FEO em FAI e dirigiu a instituição ao longo de dez anos

06/08/14, às 16h08

Daniel Torres de Albuquerque

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“A FAI não foi feita só de sonho. Houve muita luta, muito trabalho, muita persistência, uma avalanche de teimosia”. Desta forma o ex-diretor, Prof. Pós-Dr. Gilson João Parisoto, descreve a transformação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina (FAFIA) e da Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia (FEO) nas Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) como são hoje.

A FAI nasceu por meio da Lei Municipal nº 2.718/97, alterada pela Lei Municipal nº 2.819, de 18 de junho de 1998, tendo o Regimento Unificado aprovado pelo Parecer nº 94/99 do Conselho Estadual de Educação (CEE-SP) e constituída naquele ano como autarquia municipal, tendo como mantenedora a Prefeitura de Adamantina.

Esse período de transição teve a coordenação do Prof. Pós-Dr. Gilson Pasiroto, que conduziu a instituição adamantinense por dez anos (entre 1997 e 2007). “Transformar tudo o que se dizia em termos de unificação FAFIA e FEO em FAI, simplesmente nós fizemos isso. E, para tanto, nós contamos sempre com o apoio das câmaras municipais da época, do [então] prefeito Laércio Rossi, compramos o [terreno para a construção do] Câmpus II e transformamos a imensa pastagem que era aquilo naqueles prédios todos, provendo todos eles com cursos, além de reformarmos e instituirmos o Câmpus III”, resumiu o ex-diretor.

Aceleração do crescimento

Naquele momento as instituições de Ensino Superior de Adamantina experimentavam de maneira mais acelerada um crescimento tanto econômico (com o aumento do número de alunos e da arrecadação de mensalidades) como acadêmico (com a contratação de maior número de mestres e doutores) e físico (com a construção dos Câmpus II e III), o que possibilitou a criação da atual FAI.

“Nós partimos do nada. Não havia nada. O que nós tínhamos? Uma pequena biblioteca e hoje se pode ver o tamanho da biblioteca. Laboratórios? Praticamente não existia nada e agora você vai lá e existem os laboratórios. E isso foi um desafio? É claro que foi. Mas foi tudo feito num trabalho incessante e é por isso que a FAI está lá”, ressaltou.

Foi nessa época que a faculdade ganhou quase 20 novos cursos (saltando de sete para 25 em atividade) e que também foram construídos os prédios e laboratórios do Câmpus II, da Clínica Veterinária e incorporado o Câmpus III.

A partir da inauguração do Câmpus II, na avenida Francisco Bellusci, 1.000, às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em abril de 1999, a FAI teve maior projeção regional e estadual, recebendo, inclusive, grandes eventos como alguns congressos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Antes disso, em agosto de 1998, a faculdade incorporou a Rádio Cultura FM (atualmente na frequência 99,3 MHz), pertencente à Prefeitura de Adamantina, para ser usada como laboratório do curso de Comunicação Social. “Aquele foi um período de muita criatividade, de muita movimentação”, assinalou Parisoto sobre as construções dos câmpus e acerca do grande número de cursos implantados na instituição, tendo sido contabilizados 18 durante a sua gestão.

Para o futuro, a visão do ex-diretor é de expansão da FAI com o envolvimento de toda a comunidade. “Na verdade nós temos que, simplesmente, aprimorar o que temos e trabalhar para que as pequenas falhas que existem e existam sejam sanadas”, finalizou.