
Finalizada, estufa de hortaliças de projeto da FAI e CNPq Vale começa a funcionar em breve
Finalizada, estufa de hortaliças de projeto da FAI e CNPq Vale começa a funcionar em breve
Estrutura espera a implantação dos canteiros e o tratamento do solo para receber verduras e legumes
05/09/13, às 14h09
Daniel Torres de Albuquerque - Colaborou: Folha de S. Paulo
Revisão de: Daniel Torres de Albuquerque
Uma parceria muito bem-sucedida entre as Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a empresa mineradora Vale rendeu mais um fruto para a instituição na última semana.
Construída no Campus II por meio dessa parceria, a estrutura da estufa de hortaliças já está pronta e só espera a finalização dos canteiros e o tratamento do solo para que verduras e legumes comecem a ser plantados no local.
Dentro do chamado CNPq/Vale o aluno bolsista Danilo de Souza Rosa, que cursa o último termo de Agronomia, desenvolve pesquisas com hortaliças e se prepara para ingressar no mercado de trabalho com uma bagagem profissional ainda mais rica.
“Esse projeto tem grande importância para o aluno, ainda mais sendo vinculado a uma empresa de renome mundial, que é a Vale, porque agrega valor ao currículo”, afirmou o universitário, cujo projeto é coordenado pelo professor Delcio Cardim.
Além de financiar a pesquisa do aluno bolsista, o CNPq/Vale também estende a oportunidade de aprendizado a estudantes do Ensino Médio de escolas públicas da cidade.
Danilo Rosa também é responsável por ensinar os estudantes participantes do projeto a como manejar a terra para plantio, entre outras orientações voltadas à área. O objetivo é permitir que esses jovens alunos possam conhecer, por meio da prática, o dia a dia de profissões ligadas às engenharias e, quando forem ingressar ao Ensino Superior, possam se direcionar a cursos ligados a essa área.
“[O CNPq/Vale] nos ajuda a escolher o que a gente quer para o resto da nossa vida, porque o curso de faculdade que a gente escolhe é para o resto da vida”, observou o estudante Jefferson, de 15 anos, que cursa o 1º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Hellen Keller e é um dos quatro selecionados daquela escola para o projeto em parceria com a FAI.
O projeto da estufa é destinado para o curso de Engenharia Agronômica. Além dos quatro alunos do Ensino Médio envolvidos mais os alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (Pibic-Em), também do CNPq, estudantes de Agronomia da FAI realizarão experimentos a princípio com a cultura de alfaces. “A ideia é que, no final, sejam elaborados artigos científicos tanto para publicação no CICFAI como também para outros congressos que os alunos venham a participar”, comentou o diretor geral da FAI, Márcio Cardim.
Mas essa não é a única ação do programa na FAI. O chamado CNPq/Vale permite o desenvolvimento de pesquisas nas diversas áreas que abrangem a área profissional da engenharia (que engloba Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, Agronomia, entre outros).
“Em parceria com a Escola Técnica Professor Eudécio [Luiz Vicente], juntamente com quatro alunos do 2º ano do Ensino Médio, com o apoio do professor André, coordenador da Etec, desenvolvemos boletins científicos voltados para a área de engenharia, informando os alunos do Ensino Médio quais os principais tópicos abordados na Engenharia, que estão ligados mais ao cálculo, com uma base sólida de matemática, química e física. E atrelado a esses boletins científicos distribuídos em escolas públicas e privadas, temos o objetivo de utilizar a Rádio Cultura para divulgar alguns informativos sobre o papel de Engenharia”, destacou o vice-direto da FAI e coordenador do CNPq/Vale Forme Engenharia na FAI, Wendel Cléber Soares.
Os projetos do CNPq/Vale tiveram início na FAI em fevereiro deste ano e devem se estender pelo prazo de um ano.
As bolsas de engenharia são destinadas a estudantes de ensino médio, técnico e de graduação. Em todo o Brasil são investidos cerca de R$ 24 milhões, dos quais R$ 12 milhões aportados pela Vale e outros R$ 12 milhões pelo CNPq.
“Essa iniciativa, pioneira, visa garantir a nossa atuação no longo prazo”, disse Luiz Mello, diretor-presidente do ITV (Instituto Tecnológico Vale), em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, se referindo ao baixo número de profissionais da área que são formados todos os anos no Brasil.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil pode sofrer com a falta de engenheiros até 2020 caso mantenha o ritmo de crescimento atual.
Levantamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação indica que entre os membros do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o que menos forma engenheiros por ano - são cerca de 40 mil. Na Índia, são formados 220 mil profissionais da área, enquanto que na Rússia o número chega a 190 mil e na China, a 650 mil.